Água incorporada no processo industrial: como otimizar o seu uso e reduzir a demanda térmica

Reduzir a incorporação de água no processo é sinônimo de otimização de custos e melhores rendimentos.

Água incorporada no processo industrial: como otimizar o seu uso e reduzir a demanda térmica

Toda água incorporada ao processo industrial na usina implica em um aumento da demanda térmica total, seja no aquecimento, evaporação, entre outros, e um possível aumento na necessidade de novos equipamentos. Além disso, a água pode entrar pura, mas acaba sendo contaminada no processo e seu descarte resulta em um problema ambiental a ser trabalhado.

Quem afirma isso são os engenheiros da Reunion Engenharia, Tercio Dalla Vecchia e Jorge Luiz Scaff, cujo assunto foi tema do ‘Encontro Técnico RMR 2017 – Sistema de Vapor’, sediado em Catanduva, SP, no início de julho, com uma palestra sobre ‘Incorporação de Água no Processo Industrial e seu impacto no Sistema Térmico’ ministrada por Scaff.

Nesta palestra, o engenheiro apresentou e discutiu os impactos no sistema térmico devido a incorporação de água no processo industrial. Dentre os aspectos relevantes estão: a importância da redução da demanda térmica; quais os possíveis pontos de melhorias para a redução de demanda térmica; quais os impactos que a água tem nos custos e eficiência da unidade e quais os impactos e consequências desta incorporação de água no dimensionamento dos equipamentos.

Jorge Scaff elencou quatro principais vantagens de diminuir a incorporação de água no processo industrial: 1 - Sobra mais bagaço, o que pode resultar numa maior exportação de energia ou venda de bagaço excedente; 2 - Melhoria ambiental; 3 - Melhoria nos índices de performance da planta e 4 - Redução nos custos operacionais.

Daniela Silva dos Santos, engenheira Mecânica Jr, que integra o departamento de Suporte a Produção da Usina Lins, participou do Encontro RMR e disse que “a palestra foi uma maneira ágil e objetiva de entender os fatores que realmente se pode atuar dentro dos processos dos quais os clientes e os stakeholders da caldeira integram abrindo, assim, uma visão abrangente do todo que influência diretamente no consumo de vapor”.

Para exemplificar as vantagens, o engenheiro mostrou, de forma didática, que é possível reduzir o consumo de vapor de escape de 480 para 400 kg de vapor por tonelada de cana processada simplesmente pelo controle da água incorporada no processo, sem nenhum equipamento adicional. Uma usina que mói 750 tch significa um incremento de 6,2 MW na exportação de energia. Mostrou também que, para obter uma redução da demanda de vapor de escape, além do controle da água incorporada no processo, é importante considerar:

•    Evaporação – aumento do número de efeitos;
•    Incremento dos sistemas regenerativos (vinhaça e condensados são fluidos quentes que podem ser utilizados para aquecer caldo);
•    Uso intensivo de sangrias na evaporação;
•    Uso dos vapores Flash  Purgadores de condensado e Balão de flash;
•    Uso de xarope mais concentrado;
•    Agitador mecânico no vácuo;
•    Isolamento térmico em tubulações e equipamentos (destilaria, peneira estática...);
•    Evitar vazamentos de vapor;
•    Regular as degasagens em aquecedores, evaporadores e cozedores.

Os principais pontos de incorporação de água no processo são:
•    Embebição da moenda;
•    Lavagem da torta do filtro;
•    Diluição de mel;
•    Água de movimento incorporada nos cozedores;
•    Lavagem do açúcar na centrifugação;
•    Diluição de mosto,
•    Preparo do fermento;
•    Preparo do polímero e do leite de cal.

Edimilson Maciel da Silva, coordenador de Utilidades da Usina Santa Adélia – Jaboticabal, SP, disse que a palestra foi bastante interativa. “A participação dos presentes expondo as dificuldades gerou uma energia positiva entre envolvidos e palestrante, pois os problemas e os impactos são iguais. Neste sentido, pude compartilhar com os gestores da Unidade onde concluímos que devemos buscar melhorias e aperfeiçoar as operações com o objetivo de atingir o melhor resultado para a empresa”.
 
Rogério Aparecido Luchini, gerente de Manutenção Industrial da Usina São Domingos comentou que a escolha do tema foi muito prudente. “O conteúdo foi muito esclarecedor e eu não poderia deixar de prestar minhas homenagens e agradecimentos pela excelente palestra tanto no âmbito técnico quanto no motivacional”.

E a sua unidade tem consciência desses impactos no sistema térmico? Boa parte da redução da demanda térmica pode ser realizada somente com viés operacional, sem novos equipamentos, somente com uma maior consciência da incorporação da água no processo industrial. Saiba mais detalhes com a Reunion Engenharia sobre como reduzir a demanda térmica e otimizar a água incorporada no processo.
    
Sobre a Reunion EngenhariaFundada em 17 de junho de 1993, a empresa possui sede em Santana de Parnaíba e filial em Ribeirão Preto, SP. A Reunion Engenharia se destaca pelo número de projetos já realizados, principalmente, no setor sucroenergético, pela busca da redução dos impactos ambientais, priorizando a segurança e pelas ações estratégicas em prol do setor. Entre os Projetos de usinas de açúcar, etanol e indústrias de outros segmentos já implantadas somam mais de 1.000 trabalhos em quase todos os Estados do Brasil e, também, em outros países como Alemanha, Austrália, Áustria, Bolívia, Cuba, Estados Unidos, Filipinas, Ilha da Madeira, Índia e Peru.

________________________________________
Informações à imprensa
JSM Comunicação
Jaqueline Stamato Taube
jaqueline.stamato@jsmcomunicacao.com.br

whatsApp: +39 348 1318374

20/07/2017

Nós utilizamos cookies para melhorar sua experiência em nosso site e recomendar conteúdo do seu interesse.
Ao clicar em “Aceitar” você concorda com a utilização de todos os cookies. Política de Privacidade


Aceitar